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29-10-2009

Presidente da Assembleia cessante não compareceu à tomada de posse dos novos órgãos autárquicos


Censurada ausência de José Manuel Ribeiro

A tomada de posse da Câmara e Assembleia Municipal de Anadia teve lugar na última segunda-feira, numa cerimónia marcada pela ausência de José Manuel Ribeiro, presidente da Assembleia Municipal cessante. Uma situação inédita, no concelho, que não passou despercebida, evidenciando que o mal-estar no seio da família social-democrata de Anadia continua sem fim à vista.

Aliás, tanto o reeleito autarca Litério Marques, como Luís Santos, novo presidente da Assembleia Municipal, não deixaram de tecer duras críticas à posição assumida por José Manuel Ribeiro. Por isso, coube a Luís Santos, "cidadão melhor posicionado da lista vencedora no concelho à Assembleia Municipal", proceder à instalação da Assembleia.

Na hora dos discursos e perante uma atenta assembleia, onde era visível a presença de muitas caras novas, Litério Marques começou por frisar o insólito da situação, pela não comparência de José Ribeiro, dizendo que "as atitudes ficam com quem as toma" e que as suspeições levantadas sobre a sua pessoa, em tempo de eleições, não deram em nada estando, por isso, com a mesma tranquilidade de sempre.

"Águas turvas favorecem mau pescador. Turvaram-nas, voltaram a turvá-las mas o peixe (o povo) não se deixou incomodar com essa turvação", diria, reafirmando que quem o tentou denegrir, deveria, agora, fazer um exame, uma introspecção. E, dirigindo-se à Assembleia "renovada", disse desejar que esta faça um trabalho "crítico e que seja uma ajuda preciosa" por forma a Anadia conseguir "o progresso e a modernidade que se desejam".

Para Anadia, quer concretizar o slogan de campanha "sempre mais", com obras e com muita responsabilidade.

Convite. Mas a Assembleia ficaria ainda marcada por um outro caso invulgar, por estas paragens. Cardoso Leal, em nome da bancada socialista, fez um convite ao PSD para abrir a sua lista para a Mesa da Assembleia à oposição, até porque o PS (2.ª força partidária mais votada no concelho) estaria preparada para indicar um nome. Invocando o exemplo seguido pela Assembleia da República, Cardoso Leal não conseguiu demover a maioria social-democrata, ainda que tenha sublinhado que "seria uma boa altura para fazer esse sinal de abertura ao pluralismo, isenção e imparcialidade na condução dos trabalhos".

Oposição. João Morais, do PCP, aproveitou para deixar um aviso ao executivo: "fui sempre solidário com o que de bom se fez no concelho e crítico nos restantes aspectos menos bons e em relação aos erros cometidos". Posição que continuará a assumir, tendo, na oportunidade, desafiado os presidentes de Juntas a serem "activos, rebeldes e críticos", já que não se devem esquecer que assumiram um compromisso com a população que os elegeu.

Por seu turno, Sidónio Simões, do CDS/PP, lembrou que pelo facto de haver uma maioria, "não haja desrespeito por aquilo que é o mínimo do relacionamento democrático".

"Que as votações sejam isentas de questões partidárias e centradas na substância dos assuntos", diria, avançando que "as propostas que forem do interesse dos anadienses merecerão sempre o apoio do CDS/PP, venham elas de onde vierem". E, porque o progresso do concelho deve estar acima das "tricas partidárias", concluiria que "todos se devem esforçar por combater as desigualdades, a corrupção, as impunidades e a lógica do enriquecimento rápido".

Já Cardoso Leal, pelo PS, falaria da Assembleia como "a casa da democracia", onde se analisam os problemas e "casa onde se fiscaliza a acção da Câmara e se confrontam pontos de vista diferentes". Aos presentes apelou a que se dêem bons exemplos: "num tempo em que grassa desconfiança em relação à política e aos políticos, temos, todos, que dar bons exemplos a todos os eleitores que em nós confiaram o seu voto", na certeza de que o PS fará "uma oposição frontal e responsável".

Pelo bancada do PSD, Lúcia Araújo diria ter chegado a altura de deixar de lado a mentira e as jogadas eleitorais obscuras que em nada dignificam as pessoas e a política, prometendo que da bancada social-democrata podem esperar acolhimento, lealdade, honestidade e respeito democrático em todas as discussões. E deixou um recado à oposição: "os eleitores do concelho decidiram que era importante a vossa presença e as das vossas ideias, mas foi ao projecto do PSD que deu maioria absoluta e disso não nos esqueceremos".

Luís Santos encerrou a cerimónia. Depois de falar da importância do poder autárquico e da assembleia municipal, diria não ficar bem a ninguém abandonar as suas obrigações, numa clara alusão a José M. Ribeiro. "O desrespeito político e democrático vivido hoje aqui, por parte de quem investido de responsabilidades a elas se quis escusar é mais um fragmento para que todos possamos compreender as obscuras intenções com que alguns procuram conduzir a política do nosso concelho apenas e só enquanto foi para seu benefício pessoal", realçou. Aos presentes confirmou que o compromisso assumido é de trabalho pela comunidade, de forma desinteressada. "Tudo faremos para que esta Assembleia não seja um pardieiro de ideias ou de confrontos estéreis, mas o lugar onde com elevação e respeito se discutam os legítimos anseios e preocupações dos nossos concidadãos", concluiu.

Catarina Cerca

catarina@jb.pt


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